segunda-feira, 26 de julho de 2010

Nota de Imprensa do MUSP

A Plataforma das Comissões de Utentes da Carris recebeu do Movimento dos Utentes dos Serviços Públicos - MUSP, a seguinte nota de imprensa, em solidariedade com a luta travada, e que muito agradecemos, lembrando que o sentimento de solidariedade demonstrado tem, da nossa parte, total reciprocidade.


Nota à Imprensa
Carris continua a diminuir a oferta de transportes aos seus utentes
Lisboa, 26 de Julho de 2010


A carris por cada fase que põe em prática da denominada Rede Sete suprime carreiras e reduz frequências de outras diminuindo drasticamente a oferta de transportes aos seus utentes situação que acarreta para estes graves prejuízos e incómodos na sua vida diária.
Utilizando o argumento de que o Metro por cada nova estação que abre e pelo aumento que faz das suas linhas serve melhor os cidadãos, a Administração da Carris, fazendo tábua rasa das suas obrigações legais (consulta prévia aos órgãos autárquicos da cidade de Lisboa) e aos próprios trabalhadores da empresa continua a avançar com a reestruturação da rede de transportes da forma que pior serve os seus utentes, visando apenas objectivos meramente economicistas.
A forma e a altura para concretizar tais mudanças revelam bem a situação de impunidade em que a Administração da Carris se movimenta e o desprezo e desrespeito que tem para quem é a razão de ser da empresa.
Pelas situações referidas e contra a arrogância e prepotência da Administração da Carris o Movimento de Utentes dos Serviços Públicos – MUSP manifesta total e inequívoca solidariedade à plataforma das comissões de utentes da Carris, exortando-as em simultâneo a continuarem a luta pela defesa dos direitos dos utentes exigindo a reposição das carreiras entretanto suprimidas.


Grupo Permanente do MUSP

CARRIS – 3ª Fase da Rede Sete

A Carris pôs em prática mais uma fase da Rede Sete, com o argumento de que o Metro pode agora servir de alternativa aos utentes. A Carris veio assim mais uma vez reduzir a oferta deixando as populações em desvantagem, sobretudo as mais idosas e as de mobilidade condicionada.
Foram alteradas 26 carreiras, nesta 3ª fase da «Rede 7». As modificações mais negativas são os cortes seguintes:
Carreira 713 – deixa de fazer o percurso Amoreiras/Marquês.
Carreira 718 – deixa de fazer o percurso Alameda/Amoreiras.
Carreira 716 – deixa de ir à Praça do Chile.
Carreira 740 – deixa de ir às Olaias.
Carreira 49 – passou a fazer apenas o circuito ISEL-Entrecampos, e só nos dias úteis.

A Carris não se contentando com isso, diminuiu ainda as frequências das carreiras 21 (Moscavide/Saldanha) e 39 (Marvila/Marvila), durante as horas de ponta e da carreira 753 (Gomes Freire/Centro Sul) todo o dia. Com isto os utentes ficam cada vez mais lesados e o serviço cada vez mais reduzido.

Contrariamente ao que se poderia esperar, os horários de prolongamento continuam a não se estender, na vasta maioria dos casos, para lá das 21.30 e os horários nocturnos continuam a ser muito deficientes não servindo condignamente a população da cidade.

A Carris sentindo-se completamente impune nem sequer se deu ao trabalho de consultar, como é legalmente exigido, as Juntas de Freguesia e a Câmara Municipal não se pôde pronunciar, contrariamente às fases anteriores, mostrando o profundo desrespeito da Carris pelos órgãos autárquicos que governam a Cidade.

Também os trabalhadores da Carris, que deveriam ter sido ouvidos, e avisados com antecedência das alterações, de novo como a lei determina, apenas tomaram conhecimento das mesmas no próprio dia, sendo que muitos desconheciam os novos trajectos.

Por último, tudo isto foi feito na calada de um sábado, em pleno verão, esperando a Carris que isso impedisse a mobilização e a resistência das populações a mais estas alterações da “Rede 7”.

Mais uma vez somos nós utentes os lesados e mais uma vez somos nós quem menos teve oportunidade de intervir de forma a salvaguardar os interesses de todos quantos utilizam os transportes da Carris no seu dia a dia.

A Plataforma das Comissões de Utentes irá com urgência solicitar reunião à Administração da Carris, para obter os devidos esclarecimentos e apresentar as suas reclamações, reservando-se o direito de prosseguir com as suas reivindicações.

Contra a atitude demonstrada pela Carris e as suas acções!
Contra as alterações que tanto prejudicam a Cidade e os utentes!
Por um transporte público eficiente e de qualidade!
Vamos desenvolver novas formas de luta, não ficaremos parados.

Lisboa, 22 de Julho de 2010
A Plataforma das Comissões de Utentes da Carris (utentescarris@gmail.com)

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Rede Sete - Nova fase, novas perdas


A Carris pôs em prática mais uma fase da famigerada Rede Sete, com o argumento de que o Metro pode agora servir de alternativa aos utentes, a Carris veio assim mais uma vez reduzir a oferta deixando as populações em desvantagem, sobretudo as mais idosas.

Foram alteradas 26 carreiras, nesta 3ª fase da «Rede 7». As modificações mais negativas são os cortes seguintes:
Carreira 713 – deixa de fazer o percurso Amoreiras / Marquês,
Carreira 718 – deixa de fazer o percurso Alameda / Amoreiras,
Carreira 716 – deixa de ir à Praça do Chile,
Carreira 740 - deixa de ir às Olaias,
Carreira 49 – passou a fazer apenas o circuito ISEL- Entrecampos e apenas nos dias úteis.

Não se contentando com isso diminuiu ainda as frequencias das carreiras 21 e 39, durante as horas de ponta e da 753 todo o dia. Com isto os utentes ficam cada vez mais lesados e serviço cada vez mais reduzido.

Sentindo-se completamente impune nem sequer se deu ao trabalho de consultar as Juntas de Freguesia e a própria Câmara não se pôde pronunciar, em contraste com as duas fases anteriores.
Os trabalhadores da empresa que deveriam ter sido escutados e avisados com antecedência das alterações, tomaram conhecimento das mesmas no próprio dia, sendo que muitos desconheciam os novos trajectos.
Por último todo isto foi feito na calada de um sábado, em pleno verão, esperando a Carris que isso provocasse a desmobilização e impedisse a resistência às intervenções.

Mais uma vez somos nós os lesados e mais uma vez somos quem menos teve oportunidade de intervir de forma a salvaguardar os seus interesses.

Vamos desenvolver novas formas de luta, não ficaremos parados.