quinta-feira, 24 de março de 2016

RESPOSTA do METROPOLITANO de LISBOA




De: Luis Vale

Enviado: 21 de março de 2016

Para:

Assunto: Moção contra o encerramento da estação de Arroios nos períodos de ponta



Exmos. Senhores



Tendo o Metropolitano de Lisboa E.P.E. tido conhecimento do assunto supra identificado, através do Gabinete do Senhor Secretário de Estado Adjunto do Ambiente, encarrega-me o Conselho de Administração de informar que, até ao momento, esta empresa não tomou qualquer decisão sobre um eventual encerramento da estação Arroios.

Sobre o assunto ora em causa, o Metropolitano de Lisboa está a envidar os esforços necessários junto de várias entidades, designadamente as juntas de freguesia interessadas e a Câmara Municipal de Lisboa, com vista a alcançar uma solução sustentável, quer numa perspetiva local, tendo em conta a salvaguarda específica das necessidades dos clientes da estação Arroios, quer numa perspetiva global, atendendo genericamente aos interesses dos clientes que utilizam toda a rede de metro em exploração.

Com os meus cumprimentos

             
Luis Vale

Secretário Geral



Av. Fontes Pereira de Melo, 28

1069-095 - Lisboa - Portugal




A Comissão de Utentes dos Transportes Públicos de Lisboa considera que a resposta dada pelo Metropolitano de Lisboa, ao envio da moção dos utentes (25 Fev 16), deixa apreensões em relação ao futuro da Linha Verde - Estação de Arroios, por dois motivos :

- Não faz qualquer referência à necessidade assinalada de 4 carruagens na Linha Verde;
- Mantém a intenção de passagem a 6 carruagens na Linha Verde, sem qualquer alusão a obras na Estação de Arroios.

Os utentes têm, pois, todos os motivos para continuar a luta pelas suas reivindicações em relação à Estação de Arroios e à Linha Verde e, desde já, intensificar a recolha de assinaturas do abaixo-assinado.


comissao.utentes.lisboa@gmail.com




sexta-feira, 18 de março de 2016

ABAIXO-ASSINADO Contra o encerramento da estação de Metro de Arroios nos periodos de horas de ponta



CONTRA O ENCERRAMENTO DA ESTAÇÃO DE METRO DE ARROIOS
NOS PERÍODOS DE HORAS DE PONTA


Sentimos que os transportes públicos se têm vindo a afastar, desde há vários anos, do objectivo para o qual foram criados, servir a população, em particular a que mais necessita;


Sentimos que correspondem cada vez menos aos horários e percursos de quem se desloca para o trabalho e para a escola e também aos fins de semana.


Sabemos que os tarifários têm aumentado de forma incomportável;


Sabemos que a redução das carruagens e o aumento do tempo de espera nas várias linhas do metro, tornam a  sua utilização penosa e prejudica milhares de passageiros;


Sabemos que a degradação dos espaços em várias estações põem em causa a segurança de todos;


Sabemos que as escadas rolantes se mantêm avariadas semanas, meses e até anos;


Sabemos que os serviços de bilheteira se encontram muitas vezes fechados sem aviso prévio, provocando grandes transtornos;


Sabemos que se pondera o fecho da estação de Arroios nas horas de ponta, deixando centenas de moradores, trabalhadores e estudantes das freguesias da envolvente sem alternativa.


Sabemos o que são os prejuízos causados pelas “perturbações” na circulação, devidos à falta de conservação;


Queremos que se dê início às obras de alargamento da estação de Arroios de forma a poder receber 6 carruagens;


Queremos que, de imediato, sejam repostas as 4 carruagens na linha verde;


Asseguramos que estaremos com todo o empenho no esclarecimento e mobilização da população, contra qualquer medida que venha prejudicar ainda mais a nossa vida.


A Comissão de Utentes dos Transportes Públicos de Lisboa
Telemóvel: 917574730 – 918685599
Março/2016

quinta-feira, 17 de março de 2016

Não basta fingir que tudo se altera com o projecto da 2ªCircular, antes se exige uma imediata intervenção em defesa do transporte público de qualidade

Desde há vários anos, os transportes públicos da cidade (Carris e Metro) têm sofrido alterações que são verdadeiros atentados contra os utentes e as populações, como o aumento dos tarifários, a supressão de carreiras, a redução de percursos dos autocarros, a redução das carruagens e o aumento do tempo de espera nas várias linhas do Metro. Acresce que as escadas rolantes persistem paradas semanas e até meses, a degradação dos espaços em várias estações de Metro.

Ao fim-de-semana, nalguns bairros, muitos são os que estão limitados na sua mobilidade, uma vez que a partir de determinada hora da noite deixa de haver transportes públicos para regressar a casa. Exemplos Campolide, Olivais, Ajuda e Penha de França entre muitas outras freguesias e Bairros.
 
 



Uma intervenção, como a que agora se discute para a 2ª Circular, que ambiciona melhorar a mobilidade e facilitar a circulação das pessoas, deve colocar como aspecto primeiro a ser tratado a melhoria da rede de transportes públicos na Cidade e em toda a área metropolitana de Lisboa, ao mesmo tempo que deve fazer parte de um plano global para toda a cidade, de modo a garantir o direito das populações à mobilidade.


Não basta dar a ideia de que se vai alterar tudo com o projecto para a 2ª Circular, é preciso de facto uma outra intervenção em defesa dos transportes públicos na Cidade de Lisboa, capaz de assegurar e garantir o direito à mobilidade das suas populações.


 

Fevereiro de 2016


Esta Comissão de Utentes tem como principais exigências:
- Alterar a circulação dos transportes públicos e reverter a situação que conhecemos nos últimos cinco anos, caracterizada por uma profunda degradação da qualidade e da oferta;
- Tomar medidas para melhorar e aumentar a rede de transportes, que neste momento opera de forma muito insuficiente, e permitir o alargamento dos horários de circulação;
- Criar bolsas de estacionamento nos limites da cidade e garantir a ligação ao centro e a várias outras zonas, pelos diferentes meios de transporte;

MOÇÃO CONTRA O ENCERRAMENTO DA ESTAÇÃO DE ARROIOS NAS HORAS DE PONTA

 
 
Sentimos cada vez mais dificuldades de mobilidade, em particular ao fim de semana e em alguns bairros em concreto, como é o caso do nosso, Sentimos que os transportes públicos se têm vindo a afastar, desde há vários anos, do objectivo para o qual foram criados – servir a população, em particular a que mais necessita, Sentimos que correspondem cada vez menos aos horários e percursos de quem se desloca para o trabalho e para a escola, Sabemos que os tarifários têm aumentado de forma incomportável, Sabemos que a redução das carruagens e o aumento do tempo de espera nas várias linhas do Metro tornam a utilização penosa, Sabemos que a degradação dos espaços em várias estações põem em causa a segurança de todos, Sabemos que as escada rolantes se mantêm avariadas semanas, meses e até anos, Sabemos que os serviços de bilheteira se encontram muitas vezes fechados sem aviso prévio, provocando grandes transtornos, Sabemos que se pondera o fecho da estação de Arroios nas horas de ponta, deixando centenas de moradores e estudantes das freguesias da envolvente sem alternativa. Sabemos o que são os prejuízos causados pelas “perturbações” na circulação, devidos à falta de conservação, Queremos que se dê início às obras de alargamento da estação de Arroios, de forma a poder receber 6 carruagens, Queremos que sejam repostas as 4 carruagens na Linha Verde, Asseguramos que estaremos com todo o empenho no esclarecimento e mobilização da população, contra qualquer medida que venha prejudicar ainda mais a nossa vida.
 
A Comissão de Utentes dos Transportes Públicos de Lisboa
Arroios, 25 de Fevereiro de 2016

Esta moção foi aprovada e enviada às seguintes entidades
- Presidente da Assembleia da República
- Grupos Parlamentares
- Ministro do Planeamento e das Infra-Estruturas
- Secretário de Estado Adjunto e do Ambiente
- Presidente da CML
- Presidente da AML
 
                    

                                                     

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

EM DEFESA DAS CARREIRAS 706, 712, 738, 764 e 797

ABAIXO ASSINADO A Carris planeia suprimir ou encurtar trajectos e frequências das carreiras 706 - Cais Sodré; Estação Sta. Apolónia -, 712 - Estação Sta. Apolónia; Alcântara Mar (Museu Oriente) -, 738 - Qta. Barros; Alto Sto. Amaro -, 764 - Cidade Universitária; Damaia Cima - e 797 – Sapadores; Pç. Chile. Com este violento golpe, importantes eixos da cidade e da zona suburbana deixam de ficar servidos de transporte rodoviário durante fins-de-semana e feriados, sendo tanto mais grave quando algumas destas carreiras asseguravam o transbordo dos passageiros de outras até ao seu destino. Várias destas carreiras asseguram percursos essenciais de acesso a, por exemplo, hospitais e estabelecimentos de ensino superior, que, pelas suas características tem de possuir serviços mesmo durante os fins-de-semana. É imprescindível que a população demonstre de forma clara que não prescinde destas carreiras e que não ficará passivamente vendo desmantelar os serviços de transporte público. NÃO FIQUE DE BRAÇOS CRUZADOS – ASSINE O ABAIXO ASSINADO!

O GOVERNO QUER ACABAR COM A CARREIRA DE AUTOCARRO 722

ABAIXO ASSINADO O GOVERNO QUER ACABAR COM A CARREIRA DE AUTOCARRO 722 A carreira 722 é uma das carreiras que maior contributo dá à menor utilização do transporte privado e uma das que se mostram de maior necessidade para os utentes que, pese embora não residam em Lisboa, trabalham na Capital. É uma carreira de circuito médio e portanto nem sequer pode ser considerado que o dispêndio de tempo entre o seu início (Portela - R. Escritores) e término (Praça Londres), cerca de 43 minutos, justifique a sua divisão em mais do que um circuito, e muito menos a sua supressão! NÃO FIQUE DE BRAÇOS CRUZADOS – ASSINE O ABAIXO ASSINADO!

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

A Ofensiva continua nos transportes - três ataques aos utentes -


As medidas de degradação do transporte publico continuam visando criar as condições para a privatização do Metro e da Carris.

1.    A pretexto das greves que vêm sendo realizadas no Metropolitano a Carris vem retirando autocarros dos vários percursos com o fim de reforçar as linhas que suprem a necessidade do metro. Em lugar de colocar mais unidades em circulação, a Carris procura minorar os efeitos da greve com o prejuízo de grande parte dos utentes, chegando em certas carreiras a provocar tempos de espera de mais de uma hora.
2.    Ao mesmo tempo o Metropolitano não só mantém as medidas de circulação de composições com três carruagens na linha verde durante toda a semana, e nas restantes durante feriados e fins de semana, medidas que causam enorme transtorno aos utentes com composições superlotadas e que já foram sobejamente repudiadas pelos utentes. Além disso existem orientações de manter fora de funcionamento equipamentos como elevadores e escadas rolantes nas horas de menor movimento, impossibilitando assim o acesso aos utentes de mobilidade condicionada fora de funcionamento.
3.    Ao mesmo tempo as operadoras Vimeca e Scotturb denunciaram a adesão ao sistema  do passe social, a partir de Abril. Desta maneira a utilização dos passes intermodais em todos os seus tipos e modalidades, torna-se impossível, deixando de ser aceites o L1, L12, L123, L123SX, L123MA, L123FS, 012, 023 e 123. A concretizar-se este golpe significaria o fim do Passe Social tal como o conhecemos desde que foi criado ao tempo dos Governos Provisórios em 1975, e representaria um revés de consequências desastrosas para o direito à mobilidade dos cidadãos.

Estas três ofensivas - que aparentemente nada teriam em comum - concorrem para os objectivos de minar e desprestigiar os transportes públicos e os sistemas de acesso que garantem à mobilidade o caracter de direito das populações, transformando-o num negócio rendoso e assim preparar o caminho da privatização das empresas que ainda se mantêm no sector público, com os subsequentes prejuízos para os utentes, a nível de cobertura, de qualidade e de preço dos transporte.

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Metro de Lisboa - Utentes com os Trabalhadores por um transporte público de qualidade



No mesmo dia, enquanto os trabalhadores lutam contra a tremenda injustiça que lhes querem impor, quase os pondo a trabalhar de graça, vem um soit disent movimento de utentes do Metro de Lisboa, tentar ameaçar com acções contra os trabalhadores.
A Plataforma dos Utentes desconhece em nome de que utentes falam. Mas enquanto utentes e membros de várias Comissões de Utentes dos Transportes Públicos, lamentamos apenas que mais utentes não estejam ao lado dos trabalhadores para defender o transporte público.
Esta "movimento" que não se movimenta ao ponto de notar a supressão de inúmeras composições em todas as linhas e a redução do tamanho das mesmas na Linha Verde, que não se movimenta, ou movimentou, aquando do "brutal" aumento do preços dos transportes soube muito bem "movimentar-se" para afirmar enormidades em relação a pretensos danos das greves aos utentes.
As greves, como legítimo direito constitucionalmente reconhecido, são formas de luta utilizadas para reivindicar e protestar contra situações que os trabalhadores sentem como atentatorias dos seus direitos ou condições laborais. As presentes greves têm sido convocadas para garantir que de futuro todos tenhamos  transporte público com a qualidade e segurança a que temos direito.
As mesquinharias propaladas de incómodos aos passageiros jamais se deveriam ou poderiam sobrepor à defesa do interesse futuro comum, e nenhum incómodo poderá eclipsar as enormes vantagens que advirão aos utentes do facto de graças a estas greves podermos almejar no futuro a redes públicas modernas, eficientes e com preçários justos.
Este pretenso "Movimento" procura jogar com os sentimentos mais primários e imediatos da população para, voltando-os contra os trabalhadores, inviabilizar a defesa dos interesses comuns de trabalhadores e utentes num serviço de Metro que seja uma oferta pública de mobilidade, com segurança, rapidez e a preços compatíveis com o pagamento que como povo fazemos já através dos impostos.
Os utentes, que o são de facto, só podem lamentar e deplorar esta manipulação e mistificação feita em seu nome e combater estas posturas que só contribuem para o acelerar da degradação do sistema de transportes públicos e, por fim à criação das condições para a privatização do mesmo.

Lisboa, 23 de Janeiro de 2013

A Plataforma das Comissões de Transportes Públicos

quarta-feira, 21 de março de 2012

Cidadãos da Alta de Lisboa em Luta!
















(imagem original em: http://ambcvlumiar.wordpress.com/2012/02/29/alta-de-lisboa-lumiar-em-luta-carris/)


HOJE, 19H, TODOS À MANIFESTAÇÃO DA RUA TITO DE MORAIS, JUNTO À UDAL, ATÉ À CARRIS MUSGUEIRA, ONDE DE SEGUIDA PERMANECEREMOS EM VIGÍLIA!PASSA A MENSAGEM!






Aqui vos deixamos a nossa resposta a um e-mail que recebemos da Carris!






Exma. Sr.ª Dr.ª Lígia QueridoGabinete do Provedor do Cliente
Antes demais deixe que lhe expressemos o nosso desagrado com a palavra Cliente neste Gabinete da Carris, pois entendemos que esta empresa pública, e que por conseguinte presta um serviço público, tem que entender nos seus conceitos que fundamentam toda a sua acção e serviços que na população e passageiros com que trabalha encontra UTENTES.
De seguida, registamos a vossa primeira resposta através do Gabinete, mas lamentamos que a mesma mais se assemelhe à Provedoria da própria empresa, do que à Provedoria dos queixosos, neste caso, os Utentes que somos nós!
Sabemos que foram impostos constrangimentos orçamentais à Carris, fruto de opções políticas continuamente erradas, levadas a cabo pelos consecutivos Governos que não investiram o que deviam neste sector. Já fizemos saber isso directamente ao Eng. Maia, na reunião que com ele tivemos. Contudo, e mais importante que o resto, sobretudo para a Provedoria, é que esta situação de constrangimento não é fruto da contribuição dos Utentes para o serviço público de transportes, pelo contrário, sabe V. Exa. que pagamos hoje muito mais por um pior serviço! E é isso que é inadmissível: pagarmos mais num período dificílimo do ponto de vista económico e social, e termos em troca uma diminuição da qualidade do transporte.
Queremos ainda que saiba que pouquíssimo nos adiantará, aliás como se comprova com o reforço da 717 e da 798 que já efectuaram, o aumento da frequência destes transportes. A alteração de percursos que implementaram provoca o caos no transporte. E é de entre esse caos que surgem os problemas concretos que já lhe relatámos, e que são situações calamitosas entre os utentes, e sobre as quais V. Exa. não teve uma única palavra ou acção no sentido da sua resolução e da qual nos desse conhecimento. Por isto entendemos que só o retomar dos anteriores percursos, e a aplicação das anteriores frequências (que já não eram as ideais, mas que serviam a população bem melhor que estas), nas carreiras 108 (actual 798), 701, 703, 717 e 777 resolvem o problema nesta zona da cidade. É por isso que nos temos vindo a bater, e é exactamente por isso que vamos continuar a lutar e a organizar a população para a defesa desta emergente necessidade!
Terminando, compreendemos o transtorno e os prejuízos causados pela acção de apedrejamento dos autocarros, cuja acção repudiámos na hora e manifestámos total discordância da mesma, e que nos levou de imediato a dizer que os factos são casos de investigação policial e da competência da Carris, no qual jamais interferiremos ou admitiremos que seja atribuída qualquer tipo de responsabilidade a este Movimento de Cidadãos. Somos pessoas de bem e de diálogo, assim como toda a população desta zona. Gente honrada e de trabalho, que entre outras, também sustenta com o seu suor a Carris, pelo que jamais se poderá culpar ou afectar toda uma zona por um acto isolado!
Alertamos de novo para a volatilidade e extrema sensibilidade que se vive entre a população para este problema.
Disponíveis para o que for necessário,
Cumprimentos,Os Cidadãos da Alta de Lisboa em Luta









Transcrevemos o e-mail que recebemos da Carris:









Exmos. Senhores e Senhoras
Rececionamos e agradecemos o e-mail que nos endereçaram.
Considerando o teor do mesmo e como é do conhecimento público, as alterações de serviço, implementadas no passado dia 3 de março, inserem-se num contexto de grande constrangimento orçamental e de reestruturação do setor público que obrigam ao aumento da eficiência do serviço prestado pela CARRIS.
No que concerne à carreira 717 e após a constatação de alguns desajustamentos na oferta, encetaram-se de imediato os trabalhos de reprogramação da mesma.
Assim, como forma de minimizar os problemas diagnosticados, a carreira foi reforçada nos períodos de ponta.
No próximo dia 24 de março (sábado) e dias seguintes, entrarão também em vigor novos horários, com a oferta mais ajustada aos padrões de qualidade da CARRIS.
Por último, não pode a Carris ignorar os graves acontecimentos ocorridos na passada
4ª feira na Rua Tito Morais, os quais, para além de prejuízos de vários milhares de euros, implicaram a imobilização de 9 autocarros tão necessários à prestação do serviço público de transporte e colocaram em causa a segurança de passageiros e motoristas.
Com os melhores cumprimentos,
Lígia Querido Gabinete do
Provedor do Cliente

Sacrifícios



O Jornal Destak, e os comentadores que no seu site se permitiam perorar sobre a notícia, afirmavam que a greve de amanhã prejudicaria 550 mil utentes, só no Metro de Lisboa. A ignorância e atrvimento demonstrados estão bem ao nível do povo deseducado e inculto que dezenas de anos de desinvestimento na educação e cultura, e de promoção da desinformação e do tele-lixo, foram transformando as nossas gentes.



Quem produz ou alinha com afirmações destas está completamente alheio aos aumentos das taxas moderadoras e as dificuldades de acesso à saúde, quer por encerramento de serviços, quer pelafalta de maior a que vem estando sujeito o SNS; desinteressado nos aumentos dos preços de transportes e destruição da sua de serviços, das reduções de composições e horários; desinteressado da destruição das condições laborais, da facilicitação dos despedimentos, desaparecimento das garantias sociais aos desempregados; desconhecedores das propostas de lei para tornar o acesso à habitação incomportável, entre muitas outras coisas que tornam impossível a vida do nosso povo.



Quem fala contra as organizações que defendem os direitos de trabalhadores e da população, não se interessa que os Bancos recebam do BCE empréstimos de montantes avultadíssimos, sem garantias e a juros de 1% para depois emprestarem ao Estado a 5, 6 ou 7% com os lucros mais do evidentes; tanto lhes dá que o desaparecimento do consumo condene o país ao desaparecimento de um mercado interno, única possibilidade de garantir uma saída para a crise, estimulando a produção; pouco lhes importa que as "ajudas" do FMI, BCE, UE se destinem a ajudar a banca, exaurindo as capacidades do país e tornando exangue a população.



Assim apoiar a Greve Geral é mais do que um imperativo é uma obrigação. Falar de prejuízos para os utentes é não só falso, como é uma tentativa de impedir que o pequeno sacrifício de ficar um dia sem transportes se reflita na garantia dos serviços públicos para o futuro.



A greve é um dever de cidadania.