quarta-feira, 21 de março de 2012

Cidadãos da Alta de Lisboa em Luta!
















(imagem original em: http://ambcvlumiar.wordpress.com/2012/02/29/alta-de-lisboa-lumiar-em-luta-carris/)


HOJE, 19H, TODOS À MANIFESTAÇÃO DA RUA TITO DE MORAIS, JUNTO À UDAL, ATÉ À CARRIS MUSGUEIRA, ONDE DE SEGUIDA PERMANECEREMOS EM VIGÍLIA!PASSA A MENSAGEM!






Aqui vos deixamos a nossa resposta a um e-mail que recebemos da Carris!






Exma. Sr.ª Dr.ª Lígia QueridoGabinete do Provedor do Cliente
Antes demais deixe que lhe expressemos o nosso desagrado com a palavra Cliente neste Gabinete da Carris, pois entendemos que esta empresa pública, e que por conseguinte presta um serviço público, tem que entender nos seus conceitos que fundamentam toda a sua acção e serviços que na população e passageiros com que trabalha encontra UTENTES.
De seguida, registamos a vossa primeira resposta através do Gabinete, mas lamentamos que a mesma mais se assemelhe à Provedoria da própria empresa, do que à Provedoria dos queixosos, neste caso, os Utentes que somos nós!
Sabemos que foram impostos constrangimentos orçamentais à Carris, fruto de opções políticas continuamente erradas, levadas a cabo pelos consecutivos Governos que não investiram o que deviam neste sector. Já fizemos saber isso directamente ao Eng. Maia, na reunião que com ele tivemos. Contudo, e mais importante que o resto, sobretudo para a Provedoria, é que esta situação de constrangimento não é fruto da contribuição dos Utentes para o serviço público de transportes, pelo contrário, sabe V. Exa. que pagamos hoje muito mais por um pior serviço! E é isso que é inadmissível: pagarmos mais num período dificílimo do ponto de vista económico e social, e termos em troca uma diminuição da qualidade do transporte.
Queremos ainda que saiba que pouquíssimo nos adiantará, aliás como se comprova com o reforço da 717 e da 798 que já efectuaram, o aumento da frequência destes transportes. A alteração de percursos que implementaram provoca o caos no transporte. E é de entre esse caos que surgem os problemas concretos que já lhe relatámos, e que são situações calamitosas entre os utentes, e sobre as quais V. Exa. não teve uma única palavra ou acção no sentido da sua resolução e da qual nos desse conhecimento. Por isto entendemos que só o retomar dos anteriores percursos, e a aplicação das anteriores frequências (que já não eram as ideais, mas que serviam a população bem melhor que estas), nas carreiras 108 (actual 798), 701, 703, 717 e 777 resolvem o problema nesta zona da cidade. É por isso que nos temos vindo a bater, e é exactamente por isso que vamos continuar a lutar e a organizar a população para a defesa desta emergente necessidade!
Terminando, compreendemos o transtorno e os prejuízos causados pela acção de apedrejamento dos autocarros, cuja acção repudiámos na hora e manifestámos total discordância da mesma, e que nos levou de imediato a dizer que os factos são casos de investigação policial e da competência da Carris, no qual jamais interferiremos ou admitiremos que seja atribuída qualquer tipo de responsabilidade a este Movimento de Cidadãos. Somos pessoas de bem e de diálogo, assim como toda a população desta zona. Gente honrada e de trabalho, que entre outras, também sustenta com o seu suor a Carris, pelo que jamais se poderá culpar ou afectar toda uma zona por um acto isolado!
Alertamos de novo para a volatilidade e extrema sensibilidade que se vive entre a população para este problema.
Disponíveis para o que for necessário,
Cumprimentos,Os Cidadãos da Alta de Lisboa em Luta









Transcrevemos o e-mail que recebemos da Carris:









Exmos. Senhores e Senhoras
Rececionamos e agradecemos o e-mail que nos endereçaram.
Considerando o teor do mesmo e como é do conhecimento público, as alterações de serviço, implementadas no passado dia 3 de março, inserem-se num contexto de grande constrangimento orçamental e de reestruturação do setor público que obrigam ao aumento da eficiência do serviço prestado pela CARRIS.
No que concerne à carreira 717 e após a constatação de alguns desajustamentos na oferta, encetaram-se de imediato os trabalhos de reprogramação da mesma.
Assim, como forma de minimizar os problemas diagnosticados, a carreira foi reforçada nos períodos de ponta.
No próximo dia 24 de março (sábado) e dias seguintes, entrarão também em vigor novos horários, com a oferta mais ajustada aos padrões de qualidade da CARRIS.
Por último, não pode a Carris ignorar os graves acontecimentos ocorridos na passada
4ª feira na Rua Tito Morais, os quais, para além de prejuízos de vários milhares de euros, implicaram a imobilização de 9 autocarros tão necessários à prestação do serviço público de transporte e colocaram em causa a segurança de passageiros e motoristas.
Com os melhores cumprimentos,
Lígia Querido Gabinete do
Provedor do Cliente

Sacrifícios



O Jornal Destak, e os comentadores que no seu site se permitiam perorar sobre a notícia, afirmavam que a greve de amanhã prejudicaria 550 mil utentes, só no Metro de Lisboa. A ignorância e atrvimento demonstrados estão bem ao nível do povo deseducado e inculto que dezenas de anos de desinvestimento na educação e cultura, e de promoção da desinformação e do tele-lixo, foram transformando as nossas gentes.



Quem produz ou alinha com afirmações destas está completamente alheio aos aumentos das taxas moderadoras e as dificuldades de acesso à saúde, quer por encerramento de serviços, quer pelafalta de maior a que vem estando sujeito o SNS; desinteressado nos aumentos dos preços de transportes e destruição da sua de serviços, das reduções de composições e horários; desinteressado da destruição das condições laborais, da facilicitação dos despedimentos, desaparecimento das garantias sociais aos desempregados; desconhecedores das propostas de lei para tornar o acesso à habitação incomportável, entre muitas outras coisas que tornam impossível a vida do nosso povo.



Quem fala contra as organizações que defendem os direitos de trabalhadores e da população, não se interessa que os Bancos recebam do BCE empréstimos de montantes avultadíssimos, sem garantias e a juros de 1% para depois emprestarem ao Estado a 5, 6 ou 7% com os lucros mais do evidentes; tanto lhes dá que o desaparecimento do consumo condene o país ao desaparecimento de um mercado interno, única possibilidade de garantir uma saída para a crise, estimulando a produção; pouco lhes importa que as "ajudas" do FMI, BCE, UE se destinem a ajudar a banca, exaurindo as capacidades do país e tornando exangue a população.



Assim apoiar a Greve Geral é mais do que um imperativo é uma obrigação. Falar de prejuízos para os utentes é não só falso, como é uma tentativa de impedir que o pequeno sacrifício de ficar um dia sem transportes se reflita na garantia dos serviços públicos para o futuro.



A greve é um dever de cidadania.

domingo, 18 de março de 2012

Apoiemos a Greve Geral

Vídeo


A Mobilidade é um direito dos cidadãos. A tentativa de cercear o nosso acesso à cidade, fora das horas de trabalho, é a tentativa de nos dominar e abafar os nossos protestos.
A estratégia de nos condenarem a um processo de trabalho-transporte-casa é uma forma de nos alienar da reivindicação dos nossos direitos.
Como utentes devemos apoiar a Greve Geral. Considerando tudo o que está em jogo o sacrifício de um dia de trabalho é um pequeno esforço pelo bem comum.