quarta-feira, 19 de novembro de 2008

A luta prosseguiu


Os termos da carta enviada pela Carris à Plataforma das Comissões de Utentes foi, como seria óbvio, muito mal recebida por estas que consideraram que esta empresa se comportava como uma autoridade autocrática em relação aos seus utentes, tendo esquecido não só o seu objecto como os próprios propósitos da sua existência, ou seja o transporte dos cidadãos. A designação de clientes, indicador claro do propósito de deixar de se comportar como serviço público, não poderia deixar de ser observado e merecedor da devida resposta.





Ao
Conselho de Administração da Cª. Carris de Ferro de Lisboa, SA.
Exma. Sra. Administradora Maria Adelina Rocha
Alameda António Sérgio, 62
Complexo de Miraflores
2795-221 Linda-a-Velha
V/Refª. 3222730 de 25/01/2008 Lisboa, 6 de Fevereiro 2008
Assunto: Abaixo Assinados – Rede 7
Exma. Sr.ª
Reportando-se esta à V. carta de 25 de Janeiro, é imperativo tecer as seguintes considerações:
O Movimento de Utentes da Carris, como é publicamente conhecido, existe de uma forma informal, conglomerando vários utentes da Carris que, ao contrário do que se insinua, apresentam preocupações legítimas em relação ao serviço prestado por esta empresa. Assistindo-lhes todo o direito de se associarem espontaneamente do sentido de apresentarem e defenderem a resolução das situações que directa ou indirectamente os atingem.
As comissões assim formadas tem a representatividade dos milhares de assinaturas que foram recolhidas, mas ainda que assim não fosse, não desmereceriam as suas preocupações pela maior ou menor capacidade de movimentação e contactos nas zonas onde vivem e trabalham. Desprezar, menorizar, ou ignorar as situações levantadas não só demonstra uma atitude arrogante como se mostrará contraproducente na relação da Carris, com os seus utentes.
O facto da resposta de V. Exas. referirem a palavra cliente em detrimento da palavra utente por nós utilizada demonstra, de forma cabal, que a actual administração esqueceu, ou porventura nunca destrinçou, a diferença entre um qualquer serviço comercial oferecido por uma qualquer empresa privada e a função social que uma empresa pública de transportes colectivos deve ter como principio orientador da sua actuação.
Apraz-nos esclarecer a V. administração sobre qual a diferença entre Utente e cliente. Nós, enquanto conjunto significativo de utentes, não gostaríamos de deixar passar em claro o facto que a administração da Carris prefere chamar clientes, em lugar de Utentes. Então para que fique registado: Cliente – Pessoa pobre que está sob protecção de outra mais poderosa e rica, chamada patrono; Pessoa que recorre aos serviços de outra ou de uma entidade, ex. Cliente de um médico, de um cabeleireiro, de uma modista; Utente – Pessoa que usa ou tem o direito de usar um bem ou serviço público ou privado = UTILIZADOR; ex. Os utentes dos transportes públicos. Ver Dicionário da Língua Portuguesa da Academia das Ciências de Lisboa, Edições Verbo, ano de 2001. Portanto, esperamos que a administração da Carris leve em conta que, de facto, nós somos Utentes dos transportes públicos, com deveres mas com direitos. Os deveres nós cumprimos mediante o pagamento dos bilhetes, agora esperamos que o fornecedor do serviço público de transportes à superfície na cidade de Lisboa, cumpra com o seu e permita que nós, UTENTES, desfrutemos dos nossos direitos! Qualquer articulação com outros operadores da Cidade de Lisboa, públicos ou privados, teria forçosamente de ter início por uma bilhética única, horários combinados e nós intermodais, o que não se verifica em nenhuma das fases da vossa reestruturação. É portanto uma falácia vir utilizar esse argumento como forma de justificar uma rede de transportes rodoviários urbanos na prática, mais demorados, menos cómodos, e no conjunto com os outros operadores mais onerosos para o público.
As ferramentas informáticas, de que V. Exas. tanto dependem não valerão de absolutamente nada, se não forem aferidas no terreno em condições reais, tendo em conta factores como a idade e as condições económicas das populações que servem bem como os inúmeros cidadãos portadores de deficiência,
cuja mobilidade se encontra fortemente condicionada, e que se vêm forçados aos incómodos transbordos. A condição financeira da empresa sendo um factor importante, não pode ser factor determinante para uma gestão com objectivos de servir o público. A menos que, exista por parte desta Administração e da sua tutela outro interesse inconfessável, para além do serviço público, que nos absteremos de comentar.
No respeitante à satisfação dos utentes bem fará a administração dessa empresa pública em aferir as estatísticas com o número de assinantes do abaixo-assinado. Mais de oito mil assinaturas devem, seguramente, significar uma amostragem significativa.
Passando aos esclarecimentos propriamente ditos.
A Carris comprometeu-se a receber em audiência as comissões de utentes, pela boca do seu Secretário Geral. Com efeito foi incapaz de estar à altura do compromisso assumido, remetendo qualquer diálogo para a missiva supracitada em que, numa linguagem a lembrar tempos ainda não longínquos da nossa história, procura não um “encontro de verdades” (como nas palavras do seu secretário geral) mas impor de forma prepotente a sua visão, fazendo a defesa de situações socialmente indefensáveis como a da suficiência da oferta de transporte nocturno, ou a da existência de transbordos. Com efeito, em seu lugar, V. Exas. optaram por enviar esta carta aos Grupos Parlamentares da Assembleia da República, tentando, por uma medida de antecipação enfraquecer a luta deste movimento. Estamos crentes que a opção de divulgação de uma missiva dirigida a um destinatário lhe deveria caber a ele, da mesma forma como não divulgámos as cartas onde pedíamos audiências a mais ninguém do que às entidades destinatárias. Não obstante, apesar do comportamento torpe da V. parte, temos no entanto que agradecer-lhes pois pouparam-nos alguns euros em fotocópias que teríamos de tirar. Pena é que não nos tivessem avisado mais cedo, isso impediria que houvesse Grupos Parlamentares com duas cópias do mesmo documento.
Na realidade, ainda que com algumas imperfeições, próprias de pessoas que não fazem nem têm de fazer da situação objecto da sua vida profissional, as matérias expostas quer nas Cartas que acompanham os abaixo-assinados, quer no teor da nossa tomada de posição pública, estão todas alicerçadas na experiência de quem utiliza diariamente os transportes públicos e não em modulações de computadores e estatísticas. Melhor justificariam os seus salários se os administradores da Carris experimentassem na prática os frutos das suas actuações, o que sinceramente duvidamos.
Pouquíssimas áreas da cidade beneficiaram com as alterações introduzidas, e seguramente nunca com as reduções efectuadas, transbordos, rebatimentos ao Metropolitano, e continuação de situações de horários nocturnos e fim-de-semana, que seriam risíveis não fora o incomodo causado às populações. Toda a literatura da especialidade tem por certo, apenas não a consultada pela administração da Carris, que o aumento de procura e a captação de passageiros do automóvel privado, resulta (excepto em caso de grave crise económica – o que curiosamente se verifica no nosso país) de um aumento da oferta de transporte público. Tem por certo também que esse aumento só se verifica com um investimento em mais linhas, serviços mais cómodos para os passageiros, e por níveis de confiança e rapidez capazes de dar resposta às necessidades das populações. Nada disto se verifica com a Rede Sete, bem pelo contrário, pois temos menos carreiras de serviço, mais incómodo de transbordos, menos rapidez com as esperas entre as várias carreiras de percurso até ao destino, e finalmente com um serviço “complementar” com o Metro mais oneroso para o cidadão. Assim as únicas “inverdades” que detectamos neste processo são as avançadas por V. Exas. quando procuram distorcer os factos.
De v. Exas. cordialmente
P’la Plataforma de Comissões de Utentes da Carris
Carlos Moura
Paulo Amaral
Ramiro Nelson
Cecília Sales
Ana Gonçalves
Manuela Gonçalves
Joaquim Medeiros
Paulo Ferreira
contacto
utentescarris@gmail.com
Em anexo seguem Comissão a Comissão a súmula dos problemas que sentimos e que agradecemos que, como empresa publica que são, se aprestem a resolver.

GRUPO DE UTENTES EM DEFESA DOS TRANSPORTES EM ALFAMA
Assunto: Assunto: Abaixo Assinados – Rede 7
Exma. Senhora Maria Adelina Rocha,
O Grupo de Utentes em Defesa dos Transportes em Alfama acusa a recepção do V/ofício datado de 25 de Janeiro de 2008. Cumpre-nos, como representantes da população do Bairro de Alfama tecer algumas considerações sobre o que pensamos serem mistificações da administração da Carris, pois apresentam a Rede 7 como a panaceia para os habitantes do Bairro de Alfama. Motivo pelo qual as anexamos ao ofício, ora remetido, em nome do Movimento de Utentes.
Queremos ressalvar, que no documento entregue à administração da Carris por quatro Comissões de Utentes, não constam nem inverdades nem falsas conclusões. A empresa Carris, que tem como função principal fornecer o serviço público de transportes terrestres na cidade de Lisboa, não pode, repetimos, não pode abster-se de comentar o que quer que seja relacionado com o serviço que presta aos seus utentes, pois estes merecem ver respondidas as suas dúvidas e reclamações. Mais, a empresa Carris não pode olvidar o facto de terem sido entregues mais de oito mil assinaturas às diversas entidades, que foram o Ministério das Obras Públicas Transportes e Comunicações, Carris, Câmara Municipal de Lisboa e a Assembleia Municipal de Lisboa, das quais mais de duas mil são da população do Bairro de Alfama. Este número não pode ser omitido, nem escamoteado. Também, e por nossa solicitação, iremos ser recebidos por todos os grupos parlamentares com assento na Assembleia da Republica, a quem iremos dar conta das nossas preocupações.
Em relação ao ofício, propriamente dito, enviado por essa empresa, A signatária do ofício em questão, de forma apodíctica, esqueceu-se de dizer que entre a 1ª e 2ª fase da Rede 7, a população do bairro de Alfama viu-se privada de cinco carreiras, três das quais, faziam a ligação Santa Apolónia – Baixa – Av. da Liberdade – Marquês de Pombal. Para as substituir foi alterado o percurso da carreira 745 que passou a ter início em Santa Apolónia, mas que devido ao seu longo trajecto dificilmente cumprirá os horários e intervalos de 10,5 minutos entre autocarros, assim só a carreira 759 continua a fazer a ligação Santa Apolónia – Baixa – Restauradores, no entanto também esta em matéria de horários deixa muito a desejar.
Outro caso que merece da nossa parte total repúdio é o facto de a administração da Carris, deixar passar em claro a dificuldade de locomoção das pessoas idosas. Estas são a maioria das que habitam o nosso Bairro, logo é por elas, também, que nos move esta luta. Os transbordos, de que a administração da Carris obriga com estas alterações, a população a fazer, penalizam sobremaneira os nossos idosos pela sua dificuldade de locomoção e penaliza os mais novos pelo desconforto, pelo prejuízo de tempo em cada viagem, em detrimento da qualidade do serviço prestado.
O paradigma que a administração da Carris quer colocar em funcionamento na cidade de Lisboa, é o de o metropolitano substituir os transportes públicos de superfície. Não desconhece a signatária com certeza, que o metropolitano começa a funcionar ás 6 horas e 30 minutos e a Carris às 4 horas.
A signatária faz questão de realçar, no que ao Bairro de Alfama diz respeito, que a extensão da linha azul do metropolitano a Santa Apolónia tinha que implicar, necessariamente, um ajustamento na rede da Carris. Perguntamos: Se é assim, também não deveria o mesmo de ser aplicado á Avenida da Liberdade? pois toda esta é servida pelo metropolitano. Se mais alguma dúvida existisse de que a Carris se quer abster de cumprir o serviço público a que está destinada, esta ficaria dissipada pela carta que nos foi enviada e pelo exemplo atrás referido, a não ser que o mesmo seja só para os bairros mais pobres e onde as pessoas necessitam mais dos serviços públicos, como é o caso do nosso Bairro.
Outra questão que o Grupo de Utentes em Defesa dos Transportes em Alfama quer realçar é o profundo desconhecimento da administração da Carris, quanto à realidade do Bairro como quanto ao serviço prestado. Senão, não diria que o metropolitano substitui os autocarros, pois enquanto a população dispõe de paragem de autocarro a cerca de cem metros do centro do bairro, a estação do metropolitano mais próxima situa-se a cerca de mil metros do mesmo local. Será que a administração da Carris não tem em conta os utentes deste bairro que são, como já o dissemos, na sua maioria idosos e com dificuldades de locomoção, e os faça percorrer essa distância para se deslocarem, por exemplo, ao Centro de Saúde e ao Hospital.
Mais uma vez, e na tentativa da defesa da implementação da Rede 7, se nota que a signatária desconhece, completamente, a realidade do Bairro e dos seus transportes, pois fala várias vezes na carreira 781. Informamos a signatária, embora não seja essa a nossa missão, que a carreira 781 tem a sua paragem na Estação de Santa Apolónia e na estação Sul/Sueste, não efectuando paragem na Av. Infante D. Henrique. Vamos dar outro exemplo, para que fique com os dados todos em seu poder, a carreira 706, que a signatária refere que teve uma melhoria no seu percurso, tem o seu início/término na estação de Santa Apolónia, portanto, bem longe do centro do nosso Bairro.
Se nos permite, aproveitamos esta oportunidade para referir que a população do Bairro de Alfama há muitos anos se viu privada de um transporte que passe ao cemitério do Alto de São João. Convém dizer que grande parte, senão a totalidade da população de Alfama tem entes queridos ou amigos no referido cemitério e que para lhes prestar homenagem ou se deslocam de viatura particular ou de táxi, o que acresce os encargos a tão carenciada população, logo, seria bom ver a Carris a dar resposta a esta preocupação dos utentes da Carris do Bairro de Alfama.
Esperamos, com esta informação/resposta, ter contribuído para um melhor entendimento, por parte da administração da Carris, das nossas revindicações, pois para isso demos algumas sugestões, para que possam cumprir a função a que estão obrigados: efectuar o Serviço Público de Transportes Terrestres na Cidade de Lisboa.
Lisboa, 06 de Fevereiro de 2008
O Grupo de Utentes em Defesa dos Transportes em Alfama.
Contactos:
Paulo Amaral
Ana Gonçalves
Manuela Gonçalves
utentescarris@gmail.com

COMISSÃO DE UTENTES DOS TRANSPORTES
PÚBLICOS DE CAMPOLIDE
Assunto: Abaixo Assinados – Rede 7
Exma. Sr.ª
Maria Adelina Rocha
Em anexo à presente Carta endereçada à Administração da Companhia dos Carris de Ferro de Lisboa S.A. pela Plataforma de Comissões de Utentes em representação do Movimento entende por bem a Comissão de Utentes de Campolide juntar as seguintes considerações específicas, por forma a reafirmar as preocupações desta população, classificadas como “inverdades” pelos vossos serviços, num claro desrespeito pelas opiniões e acções das populações que é suposto servirem:
− A Carreira 13, que servia um trajecto desde o Bairro da Serafina ao Terreiro do Paço, cobrindo um trajecto Bairro da Serafina – Estação de Campolide – Av. de Ceuta – Largo de Alcântara – Rua Prior do Crato – Largo das Necessidades – Rua Possidónio da Silva – Concelho de Ministros – Rua de Santana à Lapa – Rua de Buenos Aires – Rua de S. Domingos à Lapa – Rua da Lapa – Rua Borges Carneiro – Calçada da Estrela – Av. Dom Carlos I – Rua da Boavista – Largo do Corpo Santo – Praça do Comércio; foi reestruturada na sequência da 1.ª fase da Rede Sete passando a fazer directamente a ligação através do Largo de Santos – Subindo a Rua de São João da Mata – Rua De S. Domingos à Lapa – Rua da Lapa – Rua Borges Carneiro, retomando a partir daí o trajecto original. Esta reestruturação impediu a ligação directa ao Bairro de Campo de Ourique, que passou a ser realizado, com recurso a transbordo, pela carreira 773, com uma frequência totalmente incompreensível. Se é certo que permitiu introduzir veículos de maior porte, é também verdade que afectou grandemente as deslocações de passageiros que se viram forçados a mudar de autocarro na Rua Prior do Crato.
Com a segunda fase da reestruturação alterou o seu percurso a partir da Calçada da Estrela passando a dirigir-se à Estrela – Rua de S. Jorge – Av. Pedro Alvares Cabral – Rato – Rua das Amoreiras – Av. Dom João V – R. Silva Carvalho – Amoreiras – Av. Joaquim António de Aguiar – Pç. Do Marquês de Pombal.
Não faz qualquer sentido para esta comissão esta mudança porquanto se perdeu uma ligação directa a zonas importantes da Cidade, como Zona da Boavista, Cais do Sodré, que deixam de ficar ao dispor dos habitantes dos Bairros da Liberdade e Serafina e em grande medida Bela Flor e Bairro da Calçada dos Mestres, destinos estes compatíveis com a necessidades da população em contraposição a destinos como Estrela; Rato; Amoreiras; Marquês de Pombal, servidos respectivamente pelas Carreiras 27 (727); 58, 74; 48, 53, 23 (723) e 711, bem como a Carreira 2 que com um trajecto mais curto serve os pontos de partida e término da agora reestruturada 713, que nem as questões de eliminar transbordos neste caso justificam dado o enorme percurso efectuado por esta carreira, perfeitamente incompatível com a distancia a vencer por outros meios, mesmo com o famigerado transbordo. Além disso não passa pela cabeça de ninguém dirigir-se para o Marquês de Pombal, a partir do Rato, via Amoreiras, nem de S. Bento ao Rato via Estrela. A nova formulação é, a nosso ver, um contra-senso, e deveria ser corrigida retomando o percurso definido com a 1.ª Fase.
− Os bairros da Bela Flor, Cascalheira e da Calçada dos Mestres, encontram-se altamente deficitários de transportes públicos há anos a esta parte, com a agravante de os dois primeiros não possuírem qualquer carreira interior aos traçados dos mesmos. Sabemos que mais do que uma proposta foi apresentada à empresa pública, que V. Ex.as superiormente dirigem, porém a situação vem-se arrastando sem que se vislumbre qualquer solução. Estes casos que mereciam uma atenção urgente não foram contemplados em qualquer das fases da reestruturação da Rede Sede, o que é um bom indicativo em relação à noção de serviço público. É já altura que os Bairros da Bela Flor e Cascalheira sejam servidos por uma Carreira de autocarros, quer por alteração do percurso da actual Carreira 702, quer por criação de nova carreira.
− A carreira 2 que fazia a ligação entre os principais pólos da freguesia e o Centro da Cidade foi, na sequência desta segunda fase da reestruturação da Rede Sete, encurtada à Praça do Marquês de Pombal. A solução oferecida de transbordo para a carreira 711, além de implicar perdas de tempo (os horários são na generalidade desencontrados e muitas das vezes ao chegarem ao Marquês de Pombal, o autocarro da carreira 702 parte antes que o 711 vindo da Praça do Comércio chegue à paragem), implica um elevado incómodo para uma população envelhecida, para quem o Metropolitano não é alternativa, por implicar uma deslocação a pé entre paragens e um custo agravado de transporte. Ao contrário do anunciado a formula Sete Colinas zapping não permite uma mudança de modos de transporte ao mesmo preço, implica um carregamento diferenciado para a Carris ou Carris e Metro (este último em débito e não em viagens). Além disso, ao contrário do que é afirmado a procura, de e para a Praça do Comércio, dentro dos períodos de ponta da manhã e da tarde não são desprezáveis.
A luta das populações que se fazia pelo alargamento do percurso nocturno até aos Restauradores, viu-se defraudada, com este encurtamento até à Pç. Do Marquês de Pombal. Da mesma forma o aumento do número de carreiras nocturnas (se é que 21.00 se podem considerar nocturnas) em 10 minutos, embora positivo, não reponde aos anseios dos utentes de Campolide.
Não é de todo verdade que a Carreira 702 tenha vindo substituir a Carreira 115, porquanto esta realizava um percurso que servia uma ligação a Sete-Rios, o que não é o caso, e foi descontinuada precisamente com o argumento que emulava a Carreira 2 em boa parte do percurso.
Finalmente a Comissão de Utentes de Campolide, é ainda sensível à situação dos horários nocturnos e percurso da Carreira 58 pois esta é estruturante para a freguesia, sendo uma das carreiras mais utilizadas pela sua população. A limitação a Sete Rios a partir das 21.30 é altamente penalizante para quem se desloca com destino ao eixo Portas de Benfica – Sete Rios, obrigando a um transbordo num local que dificilmente pode ser considerado dos melhores em termos de segurança de pessoas e bens.
Por nos interessar discutir face a face com os responsáveis das alterações introduzidas, estas e outras preocupações que concernem o funcionamento da rede da Companhia de Carris de Ferro de Lisboa em Campolide, reiteramos a intenção de sermos recebidos em audiência pela Administração desta empresa e renovamos o pedido feito neste sentido, o qual até ao momento não foi atendido.
Na certeza da melhor atenção de V. Ex.as
A Comissão de Utentes dos Transportes Públicos da Carris de Campolide
Lisboa, 06 de Fevereiro de 2008
Carlos Moura
Paulo Ferreira
utentescarris@gmail.com

A COMISSÃO DE UTENTES DOS TRANSPORTES PÚBLICOS DA CARRIS DA ESTRADA DE BENFICA.
ASSUNTO:
Assunto: Abaixo Assinados – Rede 7
Exma. Sr.ª Maria Adelina Rocha
Recebemos o v/ ofício supracitado, o mesmo foi analisado e discutido no seio da Comissão de Utentes que é composta por cerca de vinte cidadãos que vivem nas Freguesias de S. Domingos de Benfica, Benfica e Damaia, e de facto ficamos estupefactos com a forma, o conteúdo e a linguagem utilizada por uma empresa tutelada pela MOPTC pelo que decidimos lavrar aqui o nosso veemente protesto. Desde a palavra: Clientes – na Carris preferimos essa designação – (sic) voltando a repeti-la mais cinco vezes no texto, pois nós preferimos a palavra utentes, porque somos utilizadores dos transportes públicos da Carris. Porém, podíamos sintetizar as seis páginas do v/ ofício na seguinte frase: está tudo perfeito, não há nada a melhorar, somos os detentores da verdade.
Agora vamos aos factos:
Sobre a carreira 746, que fica agora no Marquês de Pombal por causa da extensão da linha Azul do Metro, consideramos que esta estação é um autêntico labirinto, além de que o terminal da carreira fica bem longe das entradas do Metro, com dificuldades acrescidas para os idosos e deficientes. Mas já agora perguntamos porque existem tantas carreiras, desde o Campo Grande à Av. da República (toda), Av. Fontes Pereira de Melo à Av. da Liberdade (toda), Av. de Roma (quase toda), Av. Almirante Reis (toda) e tantos outros grandes eixos viários da cidade, onde por baixo passa o Metro? Ora, este argumento da utilização do Metro é uma falsa questão! Onde está a tão proclamada ligação à baixa da cidade, a ligação aos barcos e à C.P. em Santa Apolónia? E os muitos utentes que não podem, nem gostam de andar de Metro, e aqueles que só têm o passe e o sete colinas da Carris, são excluídos dessa preferência?
Os transbordos resultam na prática para os utentes, em perda de tempo efectivo, muitas vezes com mais custos e falta de comodidade.
Passando à vossa resposta sobre o abaixo-assinado e comunicado, temos de repor a verdade dos factos, pois os utentes da Estrada de Benfica, de Sete Rios às Portas de Benfica até à Damaia, que vêm dos interfaces: em Sete Rios, Metro, CP, Fertagos, Rede Expressos, Portas de Benfica ligação à Venda-nova e na Damaia a ligação à C.P. tudo isto no sentido ascendente e descendente. Pelo que, a supressão da carreira 63 Damaia/C. Universitária deixou de cumprir aqui um serviço de ligação directa e rápida da Damaia, todo o percurso da Estrada de Benfica até Sete Rios, à Universidade Católica, ao Hospital de Santa Maria (consultas, visitas, urgências) e a todas as Faculdades da Cidade Universitária.
Não estamos contra a carreira 64 que cumpre o seu papel por dentro dos bairros, mas demora quase o dobro do tempo do percurso que tinha a carreira 63.
Daí que exigimos a sua reposição que é manifestada expressamente pelos utentes no abaixo-assinado em 2.401 assinaturas entregues.
Também, existe um problema antigo, pelo que exigimos o prolongamento da carreira 758 (que fica em Sete Rios a partir das 21h45) até às Portas de Benfica, porque este corredor a partir dessa hora só tem um autocarro que é o 746 a fazer a totalidade deste percurso até ás 00h30.
E os utentes perguntam porque razão, o outro corredor da Estrada das Laranjeiras/Luz, que tem uma estação de Metro (Laranjeiras) tem a carreira 726 e agora a carreira 701 até às 00h20 e 00h40, respectivamente, o que achamos bem, agora o que ninguém compreende é porque a Estrada de Benfica só tem uma carreira 746 até às 00h30 de Sete Rios às Portas de Benfica até à Damaia. Se juntarmos a tudo isto, os utentes que trabalham até á meia noite e saem em Sete Rios, vindos dos vários transportes, do Metro, CP e Fertagus, e que vão a pé diariamente dezenas e dezenas de pessoas que residem entre Sete Rios e o C. C. Fonte Nova, mas daí até às Portas de Benfica passe-se quase o mesmo, aliás a carreira 758 ainda há bem poucos anos fazia o percurso até ao Calhariz de Benfica, até às 00h30.
Para quem utiliza todo o percurso da Estrada de Benfica, só a carreira 746 é manifestamente insuficiente, obrigando as pessoas a andar a pé (das 21h45 às 00h30). Se acrescentarmos a tudo isto, as urgências dos Centros de Saúde de Sete Rios e Benfica que funcionam até às 22h00, tendo depois os utentes que ir comprar os medicamentos nas farmácias de serviço nocturno que normalmente são duas das onze que existem na Estrada de Benfica, sendo três nas ruas adjacentes.
Face ao exposto, são mais que necessários dois autocarros (746 e 758) até às 00h30, a funcionar intercaladamente, no imenso corredor supracitado, ficando resolvido um problema antigo com o prolongamento da carreira 758, porque como é obvio os muitos utentes que se deslocam a pé, não são monitorizados pela CARRIS e como pagam o seu passe sentem-se lesados.
De realçar que, a procura dos transportes públicos da CARRIS é hoje muito maior por dificuldades económicas das famílias. Assim, solicitamos novamente uma audiência a V.Exa., para pessoalmente podermos explicitar as nossas razões, na defesa dos 2.401 utentes que assinaram o abaixo-assinado e mais cerca de 1.000 que neste momento já temos em nosso poder para vos entregar, porque nós conhecemos no terreno os problemas e queremos dar o nosso contributo para a sua resolução.
Com os melhores cumprimentos.
Lisboa, 06 de Fevereiro de 2008.
A Comissão de Utentes dos Transportes Públicos da Carris da Estrada de Benfica.

Contacto:
Ramiro
Nelson
utentescarris@gmail.com

COMISSÃO DE UTENTES DE TRANSPORTES
FREGUESIA DE SANTA MARIA DOS OLIVAIS
Assunto: Abaixo
Assinados – Rede 7
Exma. Sr.ª Maria Adelina Rocha
Conforme considerandos atrás enunciados sobre as consequências das medidas dessa Empresa com a aplicação da 2ª Fase da rede 7 e também da 1ª Fase na cidade de Lisboa, esta Comissão de Utentes que recolheu em menos de um mês cerca de 3.000 assinaturas (facto que, reunindo um total de cerca de 8.000 assinaturas nas Freguesias envolvidas, não pode, não deve ser ignorado pela Carris), vem aqui denunciar, sem «alarmismo», a verdadeira situação dos transportes públicos na maior Freguesia de Lisboa.
Que essa Empresa pública, cuja prioridade e obrigação deveria ser assegurar o serviço de transporte das populações em condições de eficiência e comodidade, tenta distorcer a realidade com argumentos teóricos e de ignorância da realidade de quem, diariamente, tem que utilizar os seus serviços.
Assim, no que se refere à nossa Freguesia, esclarecemos:
- A carreira 105 foi eliminada (atravessava a Freguesia na sua parte poente/sul, ligando a Quinta do Morgado à zona sul — Cidade de Luanda/Cemitério).
- A carreira 81 assegura actualmente essa ligação excepto aos fins-de-semana e Feriados.
Conclusão – na zona sul não há qualquer transporte aos fins-de-semana e feriados com ligação ao norte.
- A carreira 21 foi retirada do interior sul da Freguesia durante a 1ª.Fase, apesar dos protestos da população, prejudicada no seu acesso ao Hospital Curry Cabral, unidade de saúde de apoio à Freguesia (consultas, internamentos, tratamentos, etc.), bem como o acesso a zonas centrais como Alvalade e Saldanha.
Quando a Carris, na sua carta de resposta datada de 25.1.08, diz que não reduziu ligações para o Aeroporto e Parque das Nações, não entendemos:
1º. - Quando diz Parque das Nações deve querer dizer Gare do Oriente (placa giratória de diferentes transportes), visto que a população do Parque das Nações tem dificuldades nos acessos sul/norte.
2º. - Os argumentos aduzidos naquela resposta (Aeroporto e Parque das Nações) parecem não ter razão nem cabimento para justificar a situação de isolamento, de dificuldades nos acessos e na mobilidade da maior Freguesia da cidade.
A verdade é que os Olivais, principalmente a zona sul, se transformaram numa autêntica «ilha)), com a maior parte das carreiras a circular na periferia, obrigando os utentes a sucessivos transbordos.
A dimensão geográfica da Freguesia dos Olivais e a sua densidade populacional deveriam ter merecido, por parte da Carris, uma redobrada atenção visto que para chegar aos diversos destinos, a população é obrigada a recorrer a várias ligações, o que numa população com uma taxa de envelhecimento superior a 15%, transforma o acesso ao transporte público num verdadeiro «calvário». E os mais velhos e também as pessoas de mobilidade reduzida, merecem uma melhor qualidade de vida. Um país que não olha nem respeita os mais velhos é um país sem alma.
Concluindo: O isolamento das populações, os transbordos, o tempo gasto para chegar ao destino final, são, certamente, factores suficientes para que a Carris, prestadora de um serviço público de qualidade, possa rever a sua posição.
No que se refere ao serviço nocturno, não observamos qualquer «incremento» nesta área, conforme é afirmado na vossa carta. Por exemplo, há já largos anos que a população do Bairro da Quinta das Laranjeiras solícita à Carris o alargamento do horário da carreira 44, única carreira a servir o Bairro, para as 00.00 horas. Até agora, nada foi alterado.
Apesar de não estar incluída nesta reestruturação da Rede, não podemos deixar de referir o funcionamento da carreira circulatória 79, inabilmente apenas a servir o Centro Comercial dos Olivais (zona sul) e, posteriormente, por reivindicação dos moradores, alargada a zona norte. Esta carreira, que não funciona aos fins de semana (sábado até às 13.00 horas) e feriados e termina às 20.00 horas, poderia ser uma alternativa à falta de transporte nos bairros periféricos da Freguesia, alargando o seu percurso e horário nocturno, com pequenos ajustes e acertos, a esses bairros.
Assim, esta Comissão solícita que a carreira 79 seja alargada a toda a Freguesia, com circulação aos fins-de-semana e feriados e horário nocturno além das 20.00 horas.
Por fim, lamentamos que a Carris tenha fugido ao diálogo com as Comissões representativas
de cerca de 8.000 utentes (não «clientes»), evitando ouvir de viva voz os problemas de quem utiliza o transporte público. Por vezes, o entendimento consegue-se com pequenos ajustes técnicos que podem resolver as dificuldades e contribuir para o bem da população e da sua qualidade de vida.
Assim haja vontade e espírito de serviço público que os prestadores deveriam ter também nas suas inúmeras prioridades...
Lisboa, 06 de Fevereiro de 2008
A Comissão
de Utentes dos Olivais
Cecília Sales
utentescarris@gmail.com

sábado, 8 de novembro de 2008

O início do Processo

Com as alterações da segunda fase restruturação da Rede 7 da Carris, as Comissões de Utentes, entretanto formadas em várias zonas da Cidade avançaram para um processo de recolhas de assinaturas de protesto em virtude de sentirem afectadas as populações que representavam.



Na sequência da entrega das assinaturas ao Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações; Câmara Municipal de Lisboa (onde não fomos recebidos por ninguém com responsabilidade no pelouro e apenas no hall de entrada pela Secretária); e na Administração da Empresa dos Carris de Ferro de Lisboa.



Em sequência disso a Carris envia às Comissões o ofício de teor abaixo transcrito:



Assunto: ABAIXO ASSINADOS - REDE 7
Relativamente aos Abaixo Assinados que o auto-denominado "Movimento de Utentes da Carris" tem vindo a entregar a diversas entidades, incluindo a Carris, cumpre-nos prestar os devidos esclarecimentas para que não subsistam dúvidas acerca da atitude responsável da Carris quanto aoseu papel na mobilidade dos cidadãos de Lisboa, dos que aqui trabalham ou nos visitam.
Naturalmente que nos abstemos de comentar algumas considerações constantes do documento divulgado pelo "Movimento". No entanto, aquele documento encontra-se repleto de inverdades e falsas conclusões que não se podem ignorar.
Com a Renovação da Rede, a Carris pretende melhorar globdmente o serviço prestado aos seus Clientes - na Carris preferimos esta designação - através de vários objectivos de que se destaca a necessidade de adaptar a rede a novas necessidades e às alterações do sistema de transportes da cidade, aumentando a articulação com o metropolitano mas mantendo sempre as alternativas à superficie, reforçar as ligações
circulares e transversais na cidade, manter ou aumentar a acessibilidade à rede e aumentar a frequência de passagem das carreiras, melhorando a oferta em todos as horas do dia.
As alterações efectuadas foram exaustivamente estudadas com recurso a ferramentas infomáticas de modelação de rede, apoiadas em auditorias regulares a ocupação dos veiculos e na quantificação dos passageiros a partir dos dados de validações no acesso aos veículos, disponíveis na sistema de Bilhética, Os resultados da análise indicam melhoria global da acessibilidade, o que não significa, como em todas as mudanças, que não existam situções de pontual penalização.
A Renovação da Rede é uma das componentes do processo de reestruturação que a Caris vem prosseguindo nos últimos anos, em que deve, obrigatoriamente, referir-se a renovação da frota de autocarros, com 408 novos autocarros adquiridos em 2 anos, a redução do sistemático defice operacional melhorando a situação financeira da empresa, o rejuvenescimento do pessoal tripulante e o reposicionamento da Carris e sua imagem em termos nacionais e internacionais. É um facto que a Carris e o serviço prestado aos seus Clientes são hoje diferentes para melhor do que há alguns anos atrás. A confirmá-lo está o aumento do nível de satisfação global dos clientes que em
2005 teve o valor de 54,2%, em 2096 de 60,0% e em 2007 atingiu os 62,4%.
Estes vaiores resultam do Inquérito de Satisfação de Clientes, baseada no modelo ECSI (European Consumer Satisfation index) utilizado em muitos países europeus e que vem sendo realizado pelo CESOP - Centro de Estudos e Sondagem de Opinião Pública da Universidade Católica no âmbito da Sistema de Gestão de Qualidade implantado na Carris. Aquela subida do nivel de satisfação está, naturalmente, relacionada com o esforção que nos últimos anos a Carris vem realizando no sentido da melhoria do serviço prestado aos seus clientes. Reconhece-se, contudo, que há ainda uma margem de melhoria a alcançar, sendo também verdade que as dificeis condições em que prestamos a serviço condicionam muitas vezes a qualidade que é percebida pelos nossos Clientes,

Passando aos esclarecimentos.
Em termos gerais e quanto ao documento divulgado para a Comunicação Social:
Na 1" fase da "Rede 7" a rede de transporte da Carris utilizou exactamente o mesmo número de veículos e a oferta de serviço, medida em quilómetros ou em horas, aumentou ligeiramente em resultado da melhoria do serviço fora dos períodos de ponta incluindo o período nocturno e as fim-de-semana;
Exactamente o mesmo se verifica com a implementação da 2" fase da "Rede 7" em que, para além de se manterem em serviço o mesmo número de veículos, se verificará um ligeiro acréscimo da oferta; Esta 2ª fase da "Rede 7" coincidiu, de acordo com o previsto, com a extensão da linha Azul de metropolitano a Sta. Apolónia. Naturalmente que, face à estruturação que o metropolitano implica na rede de transportes de Lisboa, a rede da Carris não poderia permanecer imutável após aquele prolongamento;
As alterações de carreiras nesta 2ª fase incidiram quase totalmente sobre os eixos servidos pelo metropolitano, sem que de forma alguma deixem de ser mantidas alternativas à superficie, mas procurando reorientar meios para reforçar o servigo em áreas e ligações não servidas por metropolitano;
A Carris tem vindo a colocar diariamente em serviço todos os meios programados - veiculos e tripulantes - cumprindo integralmente o serviço, sem quaisquer "cortes", salvo os que resultam de factores imprevistos, tais como condições de circulação adversas ou avarias; Pelo facto de terem deixado de funcionar algumas carreiras - 8 carreiras na 1ª fase e 1 carreira na 2ª fase - e outras serem objecto de encurtamento dos percursos, nenhuma área da cidade ficou privada de transporte, nem com acessibilidade reduzida a rede, em qualquer período do dia ou ao fim de semana. Todos os trajectos daquelas carreiras estavam, ou passaram a ser, cobertos por percursos de outras carreiras; Pelo contrário, algumas áreas da cidade passaram a ser melhor servidas e com melhores ligações, assim como várias carreiras passaram a funcionar com frequências superiores, conforme descrição a seguir.


1ª fase da "Rede 7"
Novas áreas e novas ligações servidas:
701 - passou a servir a Qta. dos Barros e a Ligar Campo de Ourique a Sete Rios e Hosp. de Sta. Maria.
708 - passou a ligar o Parque das Nações (norte) ao centro da cidade.
777 - alargou o serviço na "Alta de Lisboa" e passou a ligar ao metropolitano na Ameixoeira.


Novos serviços no Período Nocturno
701 -passou a efectuar a ligação Campo Grande - Sete Rios.
708 - alargou o serviço ao Parque das Nações (norte).
755 - passou a servir a ligação entre o B.º do Condado e Poço do Bispo.
793 - passou a funcionar (Est. Roma-Areeiro - Marvila).


Novos serviços no Fim-de-semana
701 - passou a funcionar (Campo Grande - Campo de Ourique).
708 -passou a servir o Parque das Nações (norte) ligando esta área ao centro da Cidade.
727 -prolongada do Marquês de Pombal a Est. Roma-Areeiro.
732 - passou a funcionar (Restauradores - Caselas) .
777 - passou a funcionar (Campo Grande - Ameixoeira).
793 - Passou a funcionar (Est. Roma-Areeiro - Marvila).



Melhoria de frequências
Através da afectação de recursos suplementares foi melhorada a frequencia de 15 carreiras (701,720,726,727,729,732,742,746,750,751,755,777,793,794,2)



2ª fase da "Rede 7"


Novas áreas e novas ligações servidas:
713 - passou a ligar Santos, Lapa e S. Bento a Amoreira.



Novos serviços no Periodo Nocturno
706 - passou a funcionar (Praça do Chile - Sta. Apolónia).
Através da afectação de recursos suplementares foi melhorada a frequência de 9 carreiras (706,714,746,758,781,782,36,60,25E)


É pois notório que não se verificaram os "prejuízos" para os moradores de certas áreas da cidade como é incorrectamente referido e, inversamente, em muitas áreas se verificou uma melhoria da serviço prestado pela Carris, conforme é objectivo do projecto de Renovação da Rede;
Reconhece-se que algumas ligações passaram a necessitar da realização de transbordo, situação que deixou de ser penalizada tarifariamente com a introdução de bilhetes pré-comprados de validade horária;
Conforme foi previamente anunciado a Carris estabeleceu publicamente o compromisso de, após a implementação das alterações, proceder a sua monitorização e, quando se justificasse, introduzir as correcções necessárias. Assim aconteceu com a 1ª fase da "Rede 7" em que foram efectuados 14 ajustamentos de dimensão diversa, tal como se esta também a proceder relativamente à 2ª fase;


Esclarecendo relativamente aos designados "problemas principais":

"Supressão de carreiras da Carris":a carreira 33 está integralmente substituida pela carreira 767; a carreira 63 está substituída, na a Damaia e Benfica ao Hosp. Sta. Maria e Cidade Universitária, pela carreira 64 que foi prolongada; a carreira 85 está substituída pela carreira 750 que foi reforçada; a carreira 105 foi substituida no seu serviço por outras carreiras (718, 759, 81); a carreira 113 está substituída pela carreira 2 (agora 702) que foi reforçada; a carreira 114 foi substituída pelas carreiras 28 e 708, a sul e a norte respectivamente, o que permitiu que o Parque das Nações passasse a dispor de serviço nocturno e de fim-de-semana; a carreira 115 foi substituida por outras carreiras (701, 718, 726); a carreira 90, que funcionava em períodos de ponta de dias úteis, foi integralmente substituida pela carreira 745, com funcionamento bastante mais alargado, cujo percurso e terminal foram alterados para o efeito;

Trajectos encurtados: a carreira 2 tinha procura reduzida para a "Baixa", mantendo-se esta ligação possível através da utilização da carreira 711; a carreira 709 termina no Terreiro do Paço existindo várias opções para a ligação a St.ª Apolónia, nomeadamente pelas carreiras 745 e 759; a carreira 746 termina no Marquês de Pombal existindo outras opções para a ligação a Sta.Apolónia, nomeadamente a carreira 745;

"Circuitos alterados e cortes ao fim da tarde e ao fim de semana": não existia ligação dos Olivais ao Hospital Curry Cabral, razão porque não "deixou de existir"; o trajecto que a carreira 21 deixou de efectuar passou a ser realizado pela carreira 708, por troca entre as duas carreiras; a carreira 79 não teve qualquer alteração no âmbito da "Rede 7"; a carreira 44 não teve também qualquer alteração; a carreira 745 alterou o terminal do Cais do Sodré para Sta, Apolónia o que significa apenas um pequeno acréscimo da extensão da trajecto;


É completamente falso que "... em toda a Cidade, as carreiras acabam as 20.30 e muitas desaparecem aos fim-de-semana", assim como atribui-lo à "Rede 7". Apenas 9 das 77 carreiras de autocarros efectuam a última partida antes das 21h00 e 38 carreiras funcionam para além das 23h00. No casa das 5 carreiras de eléctricas, apenas 2 terminam antes das 21hOO e 2 funcionam para além das 23 h00. Acresce o Ascensor da Gloria que também funciona para a l h das 23h00 e o EIevador de Sta. Justa que, no período de Verão, funciona ate às 23hOO.
Durante toda a madrugada funcionam as 8 carreiras que compõem a "Rede da Madrugada". Conforme atrás esclarecido, com a implementação da "'Rede 7" existe um maior número decarreiras em funcionamento no período nocturno e ao fim de semana.

Relativamente a cada Abaixo-assinado: Para além do que na generalidade foi já anteriormente referido, esclarece-se o seguinte:

Olivais
Não se verificou na 2ª fase da "Rede 7" qualquer alteração que pudesse justificar o alarmismo reflectido no texto (elaborado antes da implementação), nem se percebe o seu alcance.
Como foi referido anteriormente, para além de se manterem em serviço o mesmo número deveículos, tem sido incrementado o serviço nocturno e de fim-de-semana.
Também na 1ª fase, as alterações mantiveram globalmente o serviço, apenas se admitindo que ao fim de semana a acessibilidade ao Cemitério tenha resultado parcialmente penalizada em algumas ligações pela falta da carreira 105. Para outros destinos, nomeadamente Parque das Nações e Aeroporto, não se verificou qualquer redução, pelo contrário.


Benfica (incluindo o comunicado)
A ligação da Damaia e Benfica ao Hosp. Sta, Maria está assegurada pela carreira 64 que foi prolongada em Julho de 2007. Uma eventual alteração do percurso em Benfica vai ser analisada.
O anterior percurso da carreira 746 seria completamente coincidente com a linha Azul de metropolitano entre Sete Rios e Sta. Apalónia. Esta coincidência não se justificaria em temos de complementaridade das redes. No entanto, a ligação à superfície até Sta Apolónia encontra-se garantida pela carreira 745, através de ligação no Marquês de Pombal.
No periodo nocturno a procura é muito reduzida, não justificando o funcionamento simultâneo decarreiras no mesmo eixo. É esta a razão porque a carreira 758 garante o trajecto de Sete Rios para o Cais Sodré e a carreira 746 garante a ligação de Sete Rios até à Damaia através da Estrada de Benfica.
A ligação entre Cemiterio de Benfica e o Colégio Militar encontra-se assegurada ao fim de semana pela carreira 767, razão do não funcionamento da carreira 765. Por outro lado, esta última passou a funcionar durante todo o dia com a 1ª fase da "Rede 7".
Não corresponde à verdade que as carreiras tenham passado a funcionar com intervalos maiores. As carreiras 746 e 758, por exemplo, tiveram um aumento de frequência.

O encerramento do Túnel do Rossio trouxe alguns problemas nas ligações de Damaia/Benfica à "Baixa", aguardando-se que após a sua reabertura, prevista para meio de Fevereiro próximo, seja retomada a nomalidade.

Alfama
A extensão da linha Azul de metropolitano a Sta. Apolónia implicaria, necessariamente, um ajustamento da rede da Carris, conforme explicitado. É neste contexto que as carreiras 709 e 746 foram encurtadas e a carreira 90, que apenas funcionava nos periodos de ponta dos dias Úteis, deixou de funcionar. Conforme foi já referido, a Carris manteve as necessárias alternativas de superficie, razão da alteração de percurso e terminal da carreira 745. Assim, a carreira 745 substitui integralmente a carreira 90, sendo o acesso à "Baixa" assegurada por aquela carreira e pela carreira 759. Para o Cais Sodré foi mesmo incrementado o serviço através do prolongamento da carreira 781, assim como foi melhorada a ligação para Paiva Couceiro e Pr. do Chile por via do
ajustamento de terminal da carreira 706, a qual também teve uma melhoria de frequência e passou a funcionar no período nocturno.


Campolide
Relativamente à carreira 702, os dados de que dispomos e com que trabalhamos indicam uma reduzida procura na transposição do eixo Carnpolide/Marquês de Pombal para o eixo Marquês de
Pombal/"Baixa" e vice-versa. Reduzida procura não significa procura nula, pelo que existem algumas pessoas penalizadas. A ligação à "Baixa" mantem-se possível através de ligação com a carreira 711 na Rua Joaquim Antonio de Aguiar.
O mesmo se verifica no caso da carreira 713, em que o número médio de passageiros para alem de Santos/Lapa era reduzido. Também neste caso a ligação à "Baixa" se mantem possível através da ligação às carreiras 40 ou 25E.
Trata-se de alterações que estamos a monitorizar, conforme atrás referido.
Não se coloca a hipótese de a carreira 2 vir a servir outros Bairros, situação que será analisada separadamente.


Esperamos ter esclarecido todas as questões suscitadas, contribuindo para a reposição da verdade,
A Carris está firmemente convicta, e os resultados o confirmam, de que as alterações que vem levando a cabo no âmbito do projecto de Renovação da Rede contribuem para a melhoria global do serviço prestado aos seus Clientes, encontrando-se disponível para analisar e corrigir problemas que pontualmente existam, contribuindo deste modo para a melhoria da mobilidade na cidade de Lisboa.


Com os melhores cumprimentos,
Pelo Conselho de Administração

Maria Adelina Rocha

Administradora


Ao teor manifestamente provocatório deste ofício a Plataforma respondeu com um ofício à Administração da Carris.

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Caderno Reivindicativo


Este é Blog da Plataforma das Comissões de Utentes da Carris neste blog daremos a conhecer o nosso historial, as razões da nossa luta, as nossas propostas relativas ao transporte público em Lisboa e as Acções que temos levado a Cabo. A Plataforma congrega Comissões do Movimento dos Utentes da Carris - Alfama, Bairro da Boavista, Campolide, Estrada de Benfica, Olivais. Mantemos contactos e esperamos que se venham juntar a nós a Comissão de utentes da Carris do Bairro Santos, e muitas, muitas outras que assim o desejem.


Movimento de Utentes da Carris
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Há muito, enquanto grupos de utentes de várias zonas de Lisboa, vínhamos questionando a pertinência da exiguidade de horários nocturnos e dos percursos que serviam as nossas freguesias, bem como a completa ausência de cobertura de importantes zonas habitacionais da mesmas, porém, a situação criada com a implementação da primeira fase, mas principalmente da segunda fase, desta reestruturação tornou imperativa a tomada de posição e luta contra as medidas adoptadas.

A similitude de problemas e a identidade de objectos conduziram a que quatro destas Comissões, muito embora existam mais na Cidade de Lisboa, se tenham Associado no sentido de assim não só potenciar as nossas acções mas também criar sinergias nas nossas reivindicações por forma a vê-las satisfeitas.

Assim ao apresentar-mos perante a Comissão de Trabalhadores da Carris os motivos que nos levaram a enveredar por uma contestação activa, trazemos também ao seu conhecimento a existência destas estruturas que, não obstante informais, representam uma forma legitima de união das populações em torno da defesa do interesse comum de Alfama, Campolide, Estrada de Benfica, Olivais, e Bairro da Boavista, que representa um importante contributo em defesa dos transportes públicos nesta zona da Cidade.

Assim, embora com pontos comuns, cada Comissão contribuiu para a elaboração deste documento com as indicações que concernem a solução dos seus problemas específicos:

O Grupo de Utentes em Defesa dos Transportes em Alfama definiu, juntamente com a população do bairro as prioridades a levar em conta pelo Governo através do Ministério da tutela e pela Administração da Carris, em defesa das carreiras de autocarros que deverão continuar a servir a população do nosso Bairro.

Pretendendo:

· Que as carreiras 709 (ex. 9), e/ou 746 (ex. 46) continuem a ter o seu términos na estação de Santa Apolónia para que a população do Bairro de Alfama tenha a oferta de transporte público à superfície que deve ter de modo a não se ver privada de tão importante meio de locomoção, principalmente no trajecto Alfama centro da Cidade de Lisboa;



· Que passe a haver uma carreira de autocarros a passar pelo cemitério do Alto de São João, trajecto que a população do bairro se viu privada desde há muitos anos a esta parte, desde a eliminação do eléctrico n.º 24, sem existir da parte da tutela ou da administração da empresa que deveria fornecer o transporte público à superfície, a preocupação para colmatar esta lacuna na mobilidade da população do Bairro de Alfama. Sugerimos, por isso, a alteração da carreira n.º 35 que tendo o seu términos na Praça do Chile, poderá fazer o trajecto pela Avenida Afonso III, de modo a que possa levar as pessoas do Bairro de Alfama até ao cemitério do Alto de São João;



· Que, de todo, não seja substituído o transporte público á superfície pelo Metropolitano de Lisboa!

A Comissão de Utentes dos Transportes Públicos em Campolide define como prioridades a ser tidas em conta pela Administração da Carris e pelo Ministério das Obras Públicas transportes e Comunicações, que a tutela, as seguintes situações:

· Que a Carreira 713 retome o seu percurso anterior à reestruturação da Rede 7, segunda fase, servindo a Boavista, o Largo do Corpo Santo e Praça do Comércio, sendo estes destinos compatíveis com a necessidades da população, sem ligações directas, em contraposição a destinos como Estrela; Rato; Amoreiras; Marquês de Pombal, servidos respectivamente pelas Carreiras 27 (727); 58, 74; 48, 53, 23 (723) e 711, bem como a Carreira 2 que com um trajecto mais curto serve os pontos de partida e término da agora reestruturada 713.



· Que o Bairro da Bela Flor seja servido por uma Carreira de autocarros, quer por alteração do percurso da actual Carreira 702, quer por criação de nova carreira. Neste momento não existe qualquer serviço de transportes públicos dentro do Bairro.



· Que a carreira 2 (702) retome o seu percurso à Baixa. Na realidade a solução oferecida de transbordo para a carreira 711, além de implicar perdas de tempo (os horários são na generalidade desencontrados e muitas das vezes ao chegarem ao Marquês de Pombal o autocarro da carreira 702 parte antes que o 711 vindo da Praça do Comércio chegue à paragem), implica um elevado incómodo para uma população envelhecida, para quem o Metropolitano não é alternativa por implicar uma deslocação a pé entre paragens e um custo agravado de transporte. Além disso, ao contrário do que é afirmado a procura dentro dos períodos de ponta da manhã e da tarde não são desprezáveis.



· A extensão de uma carreira com início no Bairro da Liberdade até à Escola Marquesa de Alorna.

A Comissão de utentes dos transportes públicos da Carris da Estrada de Benfica, definiram como prioridades a considerar pela tutela e pela Administração da Carris:

· Que seja retomada a carreira 63, suprimida aquando da primeira fase da reestruturação da Rede Sete, e que servia a deslocação de e para o Hospital de Santa Maria, bem como os estudantes das várias Universidades e Faculdades situadas nesse término, principalmente tendo em conta que a Estrada de Benfica é um eixo que serve a multi-modalidade aos serviços de Caminhos de Ferro.



· Que seja retomada a ligação directa à Baixa, através da Carreira 746, encurtada no seguimento desta segunda fase da Rede Sete, ao Marquês de Pombal, e que servia em grande medida os utentes na ligação aos serviços de Barcos e à própria CP em Santa Apolónia, forçando-os à utilização do Metropolitano, com superior gasto de tempo e dispêndio de dinheiro.



· Que fosse alargado o horário do percurso da carreira 58 (758) até às Portas de Benfica, até às 00,30. O actual horário de término em Sete Rios a partir das 21,45 é altamente prejudicial para toda a população residente no eixo da estrada de Benfica, que nem sequer se encontra servida pelo Metropolitano.

A Comissão de utentes dos Transportes da Freguesia de Santa Maria dos Olivais, entendeu em conjunto com a população, definir como linhas de orientação prioritárias a ter em consideração pela Administração da Carris e pelo Ministérios da Obras públicas Transportes e Comunicações:

. A retoma dos serviços da carreira 105, eliminada na sequência da reestruturação Rede Sete, segunda fase, que permitia a ligação dos vários Bairros do Norte e Sul desta freguesia, que de outra forma se encontram praticamente isolados uns dos outros durante fins de semana e feriados.



· Fosse retomado o acesso ao bairro de Alvalade e ao Hospital Curry Cabral, inexistente desde a eliminação da carreira 21, na reestruturação da Rede Sete – primeira fase – obrigando os habitantes da freguesia a vários transbordos.



· Fossem analisados, com carácter de urgência, os horários nocturnos dentro das carreiras circulantes dentro desta freguesia, pela carência e impossibilidade real de deslocações após as 20,30.

Finalmente a Comissão de Utentes da Carris, do bairro da Boavista considera fundamental a retoma do percurso original da carreira 43, encurtada na sequência da reestruturação, e que obriga a população deste Bairro e dos Bairros do Zambujal e Buraca, a deslocarem-se a pé pelo interior do Monsanto, de forma a poder aceder ao transporte público.

Nós as Comissões de Utentes reunidas nesta Plataforma, relembramos ainda que uma eficiente e moderna rede de transportes públicos rodoviários, que sirva de facto as populações e que permita a transferência de utilizadores da viatura particular para o modo público tem, à partida, de garantir o transporte em tempo útil, com razoável conforto, e a um custo compatível com o nível de vida da população que se pretende servir, e consideramos que neste momento estas três vertentes essenciais não se encontram satisfeitas. Lembramos ainda que, todos os estudos efectuados nesta matéria demonstram que só uma oferta de qualidade e quantidade superior, e que isto representa um investimento necessário, podem no futuro garantir o sucesso do transporte público nas grandes cidades, como Lisboa, com os óbvios ganhos em Mobilidade, Satisfação, e qualidade de Vida e Ambiente.


Lisboa, 18 de Abril de 2008


A Plataforma de Comissões de Utentes em Defesa dos Transportes Públicos.