Desde há vários anos, os transportes públicos da cidade
(Carris e Metro) têm sofrido alterações que são verdadeiros atentados contra os
utentes e as populações, como o aumento dos tarifários, a supressão de
carreiras, a redução de percursos dos autocarros, a redução das carruagens e o
aumento do tempo de espera nas várias linhas do Metro. Acresce que as escadas
rolantes persistem paradas semanas e até meses, a degradação dos espaços em
várias estações de Metro.
Ao fim-de-semana, nalguns bairros, muitos são os que estão
limitados na sua mobilidade, uma vez que a partir de determinada hora da noite
deixa de haver transportes públicos para regressar a casa. Exemplos Campolide,
Olivais, Ajuda e Penha de França entre muitas outras freguesias e Bairros.
Uma intervenção, como a que agora se discute
para a 2ª Circular, que ambiciona melhorar a mobilidade e facilitar a circulação
das pessoas, deve colocar como aspecto primeiro a ser tratado a melhoria da
rede de transportes públicos na Cidade e em toda a área metropolitana de
Lisboa, ao mesmo tempo que deve fazer parte de um plano global para toda a cidade,
de modo a garantir o direito das populações à mobilidade.
Não basta dar a ideia de que se vai alterar
tudo com o projecto para a 2ª Circular, é preciso de facto uma outra intervenção
em defesa dos transportes públicos na Cidade de Lisboa, capaz de assegurar e
garantir o direito à mobilidade das suas populações.
Fevereiro de 2016
Esta Comissão de Utentes tem como principais exigências:
- Alterar a circulação dos transportes públicos e reverter a
situação que conhecemos nos últimos cinco anos, caracterizada por uma profunda
degradação da qualidade e da oferta;
- Tomar medidas para melhorar e aumentar a rede de transportes, que
neste momento opera de forma muito insuficiente, e permitir o alargamento dos
horários de circulação;
- Criar bolsas de estacionamento nos limites da cidade e garantir
a ligação ao centro e a várias outras zonas, pelos diferentes meios de
transporte;
Sem comentários:
Enviar um comentário