segunda-feira, 7 de março de 2011

Alterações da Carris - O Ataque às populações contínua


Depois da Rede Sete ter causado um imenso estrago à mobilidade e qualidade de vida da população de Lisboa, a Carris avançou com novas alterações, que nem sequer se atreve a classificar de Rede.
A pretexto de racionalizar as operações e com a conivência do Vereador do Pelouro da Mobilidade, a Carris suprime seis carreiras na totalidade, duas ao fim de semana, suprime ainda troços de circulação em mais cinco e limita ainda outra carreira às horas de ponta, num total de catorze carreiras, numa das maiores alterações desde a segunda fase da reestruturação da chamada Rede Sete.
As supressões e limitações de todas estas carreiras implicam um aumento de transbordos e inconvenientes para os utentes, com a agravante da necessidade de recorrer ao Metropolitano em alguns troços faz aumentar os custos de transporte, situação inadmissível especialmente numa época de crise que atravessamos.
Algumas das alterações agora anunciadas haviam sido alterações que a Carris já havia tentado e cuja luta dos utentes havia possibilitado reverter, nomeadamente a supressão da circulação da carreira 781, durante o fim-de-semana, e da carreira 702 entre o Marquês de Pombal e Restauradores.
As indicações de possibilidades de transbordo ou “alternativas” para estes percursos, são, na maioria das vezes, falácias que em nada respondem às necessidades. Dizer que existe transbordo possível entre carreiras cujas paragens distam, em certos casos, em mais de 200 metros, ou em situações em que a acessibilidade é nula ou quase, carece não só de seriedade, como se coloca mesmo no campo da continuada falta de respeito que a Carris tem demonstrado para com os utentes, de que são provas as inexistentes respostas às sucessivas cartas enviadas pela Plataforma.
A Plataforma dos Utentes deplora a forma de quase total secretismo e rapidez alucinante com que estas alterações foram enviadas à CML, tornando-se públicas a apenas quatro dias de se concretizarem, procurando-se obter o facto consumado.
A Plataforma dos Utentes condena mais este ataque à mobilidade na cidade e ao serviço prestado às populações.
Lisboa, 3 de Março 2011
A Plataforma de Utentes da Carris

Sem comentários: